segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O futuro do planeta decidido nesta semana em Copenhague - Estreia Comunicando com Chirles Oliveira

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Hoje, 7 de dezembro, começa em Copenhague (Dinamarca) a tão esperada reunião de cúpula, a 15ª Conferência das Partes da Convenção de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP-15) reunindo mais de 17 mil participantes de 192 países e que termina no dia 18.

A proposta de uma economia alicerçada na sustentabilidade econômica, social e ambiental, que não pode ser mensurada apenas com a métrica do desenvolvimento econômico do país medido pelo PIB, tem o apoio de vários cientistas, pesquisadores do clima, representantes de movimentos não governamentais (Greenpeace, WWF, SOS Mata Atlântica, entre outros) ecoeconomistas, ambientalistas e de governos como o da França, Brasil, Reino Unido, entre outros.

A reunião em Copenhague deve ser um marco para o desenvolvimento futuro das gerações, pois não está mais em pauta o quanto podemos crescer economicamente, mas o quanto e como devemos desenvolver a economia com um olhar mais sistêmico levando em consideração os aspectos ambientais e por que não dizer, sociais.


De acordo com o 4º relatório do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão que reúne os mais renomados cientistas especializados em clima do mundo, – publicado em 2007, a temperatura da Terra não pode aumentar mais do que 2º C, em relação à era pré-industrial, até o final deste século, ou as alterações climáticas sairão completamente do controle.

Diminuir a emissão de gases de efeito estufa implica modificações profundas no modelo de desenvolvimento econômico e social de cada país, com a redução do uso de combustíveis fósseis, a opção por matrizes energéticas mais limpas e renováveis, o fim do desmatamento e da devastação florestal e a mudança de nossos hábitos de consumo e estilos de vida. Se pararmos para analisar, isso requer uma mudança na estrutura do sistema econômico capitalista e por isso é tão difícil conseguir um consenso entre os governos, que têm se mostrado bem menos dispostos a reduzir suas emissões de carbono do que deveriam.

Mas para o ecoeconomista Hugo Penteado “o argumento de que o crescimento econômico é a solução já não basta. Não há recursos naturais para suportar o crescimento constante. A Terra é finita e a economia clássica sempre ignorou essa verdade elementar.”


Em razão de termos uma semana tão decisiva para nosso futuro ficam algumas perguntas para refletirmos o quanto como cidadãos estamos dispostos a mudar nosso modo de ser e de consumir. Seremos corajosos para cobrar medidas mais ecoeficientes dos nossos governantes? O que esperamos como resultado dessa reunião de cúpula? Será que haverá avanço em relação ao protocolo de Kyoto?

                                                   Fotos da internet

Ainda há uma semana de embates, discussões para que saibamos o desfeche de um evento tão importante para nossa continuidade como espécie humana. Vamos aguardar!


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Por Chirles Oliveira (Comunicando)